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A história do povo cearense é rica em acontecimentos que marcaram e consolidaram suas características ao longo do tempo, formatando sua personalidade própria e exclusiva. Cada região guarda, no espaço que lhe abrange, uma memória que contribui para o entendimento das relações sociais, sua evolução e crescimento com destaques em suas particularidades históricas, políticas, econômicas e antropológicas. O conhecimento e a interpretação dessas relações podem fornecer subsídios aos administradores dos diversos níveis governamentais para a formulação e execução de políticas de governo que venham solucionar as necessidades regionais identificadas nos componentes temporal e espacial. As necessidades e anseios de uma população guardam estreita relação com sua antropologia e desenvolvimento de sua cultura. Esta obra advém de um esforço na elaboração de uma tese de doutorado do historiador Carlos Augusto Pereira dos Santos, defendida em 2008, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que ora se apresenta à sociedade cearense, trazendo em sua essência um volume extraordinário de informações relacionadas aos trabalhadores urbanos de um dos municípios mais tradicionais do nosso estado, relatando a sua saga laboral, no período de 1920 a 1970, intimamente ligada à metamorfose estrutural inerente ao processo de desenvolvimento econômico e social.
Os autores ressaltam que a história de Fortaleza é marcada por altos e baixos. A chegada dos colonizadores ao “Siará Grande“foi muito custosa e de pouco sucesso inicial. A seca, os índios, o mar aberto sem ancoradouros naturais foram os grandes entraves, além do fato de não ter sido achado nenhum metal precioso, e não contar com a Zona da Mata para a agroindústria da cana de açúcar, extremamente rentável na época. A Fortaleza, atual Nossa Senhora de Assunção, marca a ocupação e o surgimento da cidade como elemento protetor dos colonizadores. A vila, depois cidade, consolida-se como entreposto para navegadores entre as capitanias do sul e do norte. Mais tarde (1799), com a autonomia administrativa da província do Ceará, Fortaleza torna-se a capital e principal ponto de convergência das produções de charque e de algodão, que geram a riqueza necessária para a consolidação da cidade como líder, dentre todas as outras. Na virada do século XIX para o século XX, Fortaleza passa por grandes mudanças urbanas, entre melhorias e o êxodo rural, e cresce muito, chegando ao final da década de 1910 sendo a sétima cidade em população do Brasil. Ao final dos anos 1970 começa a despontar como um futuro polo industrial do Nordeste com a implantação do Distrito Industrial de Fortaleza. Hoje é a quinta cidade em população do Brasil.
O passado está entre uma politica de memória e outra de esquecimento, o apagamento e a conservação da memória, no ponto de vista da história, são contrastes, dependentes e inseparáveis. Os eventos ocorridos que só ficaram no imaginário popular são os mais tendentes ao esquecimento, por isso o registro de alguns para finalizar a trajetória do presente relato; um relicário do passado da Meruoca para lembrança das gerações futuras.
O desenvolvimento da sociedade pode se dar por diversificados fatores, bem como acontece com o crescimento intelectual dos seus indivíduos. O conhecimento, porém, é ponto forte e comum para ambos. Interpretar e registrar importantes informações assegura que elas sejam passadas para as próximas gerações e dissemina o conhecimento entre seres contemporâneos.
O livro Para Além das Armas retrata, de forma justa, a resistência à ditadura militar no Ceará, bem como os motivos que levaram os militantes universitários a renunciarem de sua paz e liderar atos que os privaram de sua liberdade. A obra constitui-se em uma boa oportunidade para identificar os grupos, as formas e os locais de atuação, seus membros e suas ações vitoriosas e,também, suas derrotas. Além disso, identifica os militantes que optaram pela luta armada e que acreditaram no campo democrático, trazendo as justificativas ideológicas para os caminhos utilizados.
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Inconteste a importância do município de Itapipoca para a Região Norte cearense e para todo o Ceará. Sua riqueza mostra-se não somente em sua economia, mas, também, na cultura local e no cuidado com o meio ambiente diverso. A cidade dos três climas possui praias, serras e sertão e é uma das mais populosas do estado com avultados índices de crescimento e com necessidades que a tornam alvo do trabalho do Legislativo Estadual. A obra 50 Anos da Diocese de Itapipoca é uma fonte de pesquisa que colabora para o trabalho parlamentar pois mostra a riqueza de valores, lutas, conquistas na Diocese e, também, é um registro para as novas gerações. O livro é dividido em capítulos que falam sobre o autor, José Evando de Sousa, sobre Dom Paulo Eduardo de Andrade Ponte, a Eleição e Nomeação de Dom Benedito Francisco de Albuquerque e Dom Frei Antônio Roberto Cavuto. A publicação trata, também, das dificuldades enfrentadas em 1971, como infraestrutura, número reduzido de padres, via de acesso inadequado às paróquias, situação financeira, dentre tantas outras.
Com certeza, não é saudosismo, é respeito à memória dos momentos que compõem a vida do cearense, notadamente, dos que nasceram, vivem e viveram na Capital. É preciso reunir os feitos, os costumes e, principalmente, a cultura dos nossos conterrâneos. As crônicas de Narcélio Limaverde fazem parte da grade diária do programa que leva o seu nome na FM Assembleia.
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Padre Cícero Romão Batista tem seu nome consolidado em nossa história há mais de um século. Ao longo de toda a sua trajetória religiosa manteve-se, irrepreensivelmente, um ministro da Igreja voltado para as manifestações da fé, da caridade e da peregrinação em prol da proteção dos seus fiéis, do seu lugar de ofício e das suas convicções sacerdotais. Muito se tem dito sobre o comportamento polêmico de Padre Cícero, mas a sua característica carismática reconhecida até os dias atuais é prova inconteste da sua credibilidade e da sua sabedoria, tornando-o uma das personalidades mais reverenciadas da história do estado do Ceará.
“A Quatro Mãos” trata-se de uma coletânea de poemas escritos por quatro amantes da poesia, cada um com suas características e tendências. Senti em minha alma uma imensa alegria, quando me deram a honra de apresentar esta magnífica obra. Mãos que falam a linguagem do coração, que exalam (a verdade) o verdor da inspiração divina, que proclamam um mundo mais justo, que se juntam, unindo forças para combater os opressores, que tentam calar a voz da liberdade. A poesia vem do coração, das entranhas, da inspiração, fluem como se fossem alimento para a vida.
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